Acordar de ti é como não abrir os olhos
É como sentir medo de sair do sonho
É como sentir frio em pleno fogo
É sorrir de tristeza e chorar risonho
Acordar de ti é sair do vazio
É encontrar espaço pro que já não era
É cortar os fios, esgotar a estrada
É saber de nada, é perder o prumo
Acordar de ti é viajar sem rumo.
Dentro e fora de mim.
As coisas que vêm de dentro de mim são tantas... Primeiro vem o amor, depois a arte (que não deixa de ser amor), depois vêm as pessoas (que não deixam de ser amor), depois vêm os jardins (que não deixam de ser amor), depois vêm as angustias (quem são frutos do amor) e depois todo resto, do que foi e do que vem... Mas o amor não perece!
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
sexta-feira, 16 de março de 2012
Verbo
Cada palavra traçada faz aliviar... Acho que quando eu escrevia mais eu era uma pessoa mais bonita. Essas palavras que agora brotam das minhas mãos são um grito de alerta lançados de dentro de mim. Elas me fazem ver o que fui e o que estou sendo agora.
Deu medo perceber. Medo de ficar como um fruto amargo que cai do galho e fica ali jogado ao chão, sozinho. Deu medo porque meu sorriso deu espaço ao meu grito. Meu sorriso é o que tenho de mais precioso em mim e os motivos que me fazem sorrir são mais ainda.
E não me faltam motivos, hoje mais do que nunca. Hoje que o amor descansa em seu berço esplêndido, que a vida se faz bonita a cada dia, por aqueles caminhos traçados outrora.
E tão doces são os frutos que o medo maior é de que eles sejam jogados fora por engano, a cada grito que tomou o espaço dos sorrisos, que poderiam ter sido trocados por palavras, escritas numa folha de papel e lançadas ao longe.
sábado, 8 de outubro de 2011
Não adianta...
Meu boa noite ao som dessa interpretação furiosamente maravilhosa de Zeca Baleiro na canção "Não Adianta" de Sérgio Sampaio...
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
quarta-feira, 16 de março de 2011
Controverso
De dentro de mim
lá onde o mundo não vê
onde o azul do mar não chega
onde a lança finca o peito
onde a onda do mar se quebra
de onde não se vê o chão
de onde não se alcança estrelas
lá onde a solidão flutua
lá onde a imensidão carrega
lá dentro de mim
alí onde não tem estrada
onde a tarde é madrugada
onde a chuva não tardou a passar
onde o sol nunca perde o brilho
onde a mãe não esquece o filho
onde a brisa não quer soprar
bem dentro de mim
onde o tempo é infinito
onde a voz encontrou o grito
onde o canto encontrou o amor
onde a mão me convida à dança
onde eu durmo feito criança
onde eu sonho em forma de flor
lá onde o mundo não vê
onde o azul do mar não chega
onde a lança finca o peito
onde a onda do mar se quebra
de onde não se vê o chão
de onde não se alcança estrelas
lá onde a solidão flutua
lá onde a imensidão carrega
lá dentro de mim
alí onde não tem estrada
onde a tarde é madrugada
onde a chuva não tardou a passar
onde o sol nunca perde o brilho
onde a mãe não esquece o filho
onde a brisa não quer soprar
bem dentro de mim
onde o tempo é infinito
onde a voz encontrou o grito
onde o canto encontrou o amor
onde a mão me convida à dança
onde eu durmo feito criança
onde eu sonho em forma de flor
terça-feira, 15 de março de 2011
Semente
Dentro de mim as coisas afloram... Meu mundo gira nas voltas de uma canção e eu não mais entendo quando nem onde ele vai parar. As voltas a cada dia ficam mais largas e os passos quase já não alcançam. Aí eu me desnudo da fantasia e vivo na nudez de uma atriz, que descobre as mais vastas personagens no silencio do camarim. De cabelos soltos, corpo pálido, cara limpa e a alma nua. Sou aquilo que se canta em versos e se escreve em prosas... e as voltas do meu mundo eu já nem sei! Não sei se é belo ou transparente, não sei é novo ou se refaz nas sombras do que já viveu. Sei apenas que o dia é hoje e que a hora é sempre! Assim, a canção fica sempre mais bonita e aquelas lacunas, sempre prontas pra serem preenchidas novamente, pode ser tudo igual, pode ser diferente... Só do inicio a gente sabe e guarda as pautas pra que sejam escritas. Aquela história de amor que ficou por ser escrita, lembra? Pois é pecado deixar passar! Pecado dos mais cruéis de que já se teve notícia... Os retratos pendurados na parede estarão sempre lá, multiplicá-los é a ordem do dia! E as aladas alegrias servirão de recompensa pra as nossas fatigadas linhas.
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